Assim como seu coração nunca mais bateu, o coração de Antônio também nunca mais sentiu. Era indiferente aos milhares mortos pelo caça cujo projeto inicial concebeu há muitos anos, durante um baile.
Fernanda superou. Redescobriu o amor com Carlos e tiveram gêmeos. Levou uma vida pacata, honesta, humana e alegre. Carlos lhe foi fiel até o fim, pasme.
E, enquanto isso, no ônibus:
- Realmente... Caças... Eu deveria me envolver mais com esses projetos. Seria muito mais fácil do que bater de porta em porta - reflete o ser com a foice em punho.
Antônio percebe que está no mesmo ônibus de anos atrás, com a roupa de segurança voltando do trabalho. Tenta entender o que ocorreu, mas seus pensamentos se perdem. Lembrava-se apenas de uma figura que passou pela catraca com uma foice em punho. Em breve, até essa lembrança se perderia.
- Mas lembre-se disso: viva sua breve vida. Você não tem muito tempo, assim como ninguém - revelou a figura em negro, enquanto colocava a foice na altura do pescoço do segurança.
Antônio desceu no ponto final, como de costume. Tentava se lembrar como chegou ali.
Em poucos minutos, percebeu como estava feliz por estar a caminho de casa e perto de rever Fernanda e seu filho. A vida era dura, mas sorrisos tornam qualquer lugar mais gratificante. Antônio e sua família foram muito mais alegres deste dia em diante.
E, aparentemente sem qualquer relação a Antônio, a indústria de defesa seguiu com lucros recordes.
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2 comentários:
E ai????
Estamos aguardando ansiosamente por mais histórias...
Oi, Lady_Lud. Realmente pisei na bola. Acabo de iniciar uma nova história. Espero que você e o maridão contribuam! Abs!
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